segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Cresce em 35% o número de malwares para Android, diz McAfee

Aumento foi marcado pela proliferação de vírus bancários, apps falsos de namoro online e entretenimento, e apps legítimos usados como vetores de infecção.
O número de malware que atinge dispositivos Android alcançou um aumento de 35% no segundo trimestre de 2013 - crescimento inédito desde o início de 2012. A conclusão é do relatório trimestral da empresa de segurança McAfee, divulgado na última terça-feira (20).
Segundo a companhia, esse aumento foi marcado pela proliferação contínua de malwares bancários para roubo de SMS, aplicativos fraudulentos de namoro online e entretenimento, aplicativos legítimos usados como vetores de infecção e aplicativos mal-intencionados que se passam por ferramentas úteis, porém, falsas.
O relatório mostrou também que o número de novas amostras de ransomware (vírus que trava o computador e cobra uma taxa para o desbloqueio) dobrou nesse segundo trimestre com relação ao início do ano, chegando a 320 mil. Esse número equivale ao dobro registrado no período anterior, o que demonstra a rentabilidade da tática.
O levantamento também apontou um aumento de 16% no número de URLs suspeitas, totalizando 74,7 milhões.
Amostras de malware com assinatura digital também registrou aumento de 50%, atingindo 1,2 milhão de novas amostras.
O volume de spam mundial continuou em alta durante o segundo trimestre, com mais de 5,5 trilhões de mensagens de spam. Isso representou aproximadamente 70% do volume mundial de e-mails.
Além disso, diversos ataques contra a infraestrutura mundial do Bitcoin e revelações sobre a rede Operation Troy, que tinha como alvo recursos militares norte-americanos e sul-coreanos também
"O cenário dos cibercrimes móveis está ganhando contornos mais definidos à medida que quadrilhas de cibercriminosos determinam as táticas que são mais eficazes e lucrativas”, afirmou o vice-presidente sênior do McAfee Labs, Vincent Weafer. “Como acontece em outras áreas, a motivação lucrativa de invadir contas bancárias ganhou mais relevância do que as dificuldades técnicas de burlar a confiança digital. Táticas como os golpes dos aplicativos de encontros e entretenimento aproveitam a falta de atenção dada a esses golpes, ao passo que outros simplesmente atacam a moeda mais popular do paradigma móvel: informações pessoais dos usuários”, conclui o executivo.
Táticas de ataque
Malwares bancários: os pesquisadores da McAfee identificaram quatro malwares móveis significativos que capturam os nomes de usuário, as senhas tradicionais e, depois, interceptam as mensagens de SMS que contêm as credenciais de acesso às contas bancárias. Então, as partes mal-intencionadas têm acesso direto às contas e podem transferir saldos.
Aplicativos falsos de namoro: a empresa identificou um aumento acentuado no número de aplicativos de encontros e entretenimento que induzem os usuários a se inscrever em serviços pagos que não existem. Os lucros das compras são complementados pelo roubo e pela venda contínuos de informações e dados pessoais dos usuários armazenados nos dispositivos.
Aplicativos usados como vetor de infecção: a pesquisa mostrou aumento do uso de aplicativos legítimos modificados para atuar como spyware nos dispositivos dos usuários. Essas ameaças coletam uma grande quantidade de informações pessoais do usuário (contatos, registros de chamadas, mensagens de texto, localização) e enviam os dados ao servidor do invasor.
Ferramentas falsas: os cibercriminosos também estão usando aplicativos que se passam por ferramentas úteis, como instaladores de aplicações que instalam spyware e coletam e encaminham dados pessoais.

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